06 julho 2015

{Resenhas Curtas} Leituras de Junho


A gente deu uma relaxada com o blog... Eu mesma estava ocupadíssima assistindo dramas coreanos e séries de TV americanas com a minha vida supercorrida... cof... cof... e negligenciei completamente as resenhas. Bom, resolvi fazer um apanhado do que li em junho/primeiros cinco dias de julho para servir como largada para a maratona de julho. Quem sabe crio vergonha na cara e comento os livros individualmente dessa vez...






Título original: Jurassic Park
Autor: Michael Crichton
Editora: L&PM

Sobre o que é: Um grupo de cientistas inspeciona uma ilha onde um velho multimilionário ambicioso está construindo um parque com dinossauros vivos. Uma pane no sistema de computadores do complexo faz com que os animais escapem, causando caos.

Avaliação:


Excelente em todos os aspectos importantes: plot bem amarrado; bons personagens; diálogos científicos convincentes. Bom ler um livro em que o autor realmente se esforçou com o lado da pesquisa. Não sei até onde as descrições dos dinossauros condizem com as descobertas reais, mas estava mais preocupada em saber quem o T-Rex ia comer em seguida que com isso. A propósito, as cenas de ação são fantásticas. Já consta como um dos meus livros de aventura e ficção científica favoritos.


Título original: The Lost World
Autor: Michael Crichton

Sobre o que é: Mais cientistas em outra ilha cheia de dinossauros...

Avaliação:


As cenas de ação continuam boas, mas não posso falar o mesmo do resto. Os personagens aqui são bem menos interessantes, inclusive dando aquela sensação de que estavam preenchendo cotas (grupo de homens: check; dupla de crianças: check; cientista mulher para dar alguma diversidade: check). As discussões científicas ainda são interessantes, mas fluem com menor naturalidade que no primeiro livro. Mas vale pelos dinossauros comedores de gente mandando ver.






Título original: The Ocean at the End of the Lane
Autor: Neil Gaiman
Editora: Intrínseca

Sobre o que é: Um homem de meia idade visita a antiga casa de uma amiga de infância e começa a relembrar de certos fatos fantásticos ocorridos quando tinha sete anos.

Avaliação:


Uma fábula capaz de fazer qualquer adulto dar uma olhadinha embaixo da cama, só por precaução. Neil Gaiman é realmente bom em escrever no ponto de vista de crianças. Fiquei um bom tempo me perguntando por que não tinha lido nada dele antes... Oh, e há gatos. Tudo fica bem quando há gatos fofos envolvidos.




Título original: Coraline
Autor: Neil Gaiman
Editora: Rocco

Sobre o que é: Uma menina encontra uma porta misteriosa dentro de seu apartamento que leva a uma espécie de mundo paralelo, cheio de monstros que parecem exatamente iguais as pessoas que ela conhece.

Avaliação:


Outra fábula perturbadora escrita no ponto de vista de uma criança. Pergunto-me onde esse tipo de livro se escondia quando eu era garota. Se eu lesse esse tipo de coisa legal naquela época, hoje não seria tão resmungona. (...) Mencionei que um dos personagens principais – e obviamente o mais legal de todos – é um gato? Isso vai soar muito parcial, mas provavelmente eu já daria um três só por causa disso.






Título original: Nothing
Autor: Janne Teller
Editora: Record

Sobre o que é: Um garoto sobe em uma árvore e começa a gritar sobre a inutilidade de se fazer qualquer coisa, já que nada faz sentido. Os colegas de classe dele surtam e resolvem provar que ele está errado juntando coisas que têm significado para eles.

Avaliação:


Vou ali me esconder atrás da minha pilha de livros favoritos enquanto espero por alguns tomates. Ele livro foi tão bem avaliado que me sinto um pouco estúpida por tê-lo achado tão... Meh. Tudo que conseguia pensar enquanto lia era que estava diante de uma espécie de O Senhor das Moscas wannabe. Me animei um pouco quando a tal pilha de significados começou a ganhar algumas adições perturbadoras, mas no final das contas continuei achando tudo muito vazio, já que não consegui me importar com personagem nenhum.








Título original: The Boy in the Striped Pajamas
Autor: John Boyne
Editora: Cia das Letras

Sobre o que é: Um menino é obrigado a se mudar para uma área remota por causa do trabalho do pai. Lá ele faz amizade com um garoto que vive em um lugar estranho, do outro lado de uma cerca, onde todo mundo se veste igual e se comporta de uma forma que ele não consegue entender.

Avaliação:



Eu poderia comparar esse livro com aquele conto do Stephen King da dentadura de brinquedo assassina. *Pausa para ouvir a reação*. Haha, não, eu não estou falando do livro errado, a razão é que o plot, de uma forma geral, é bastante inverossímil. A ideia de que o garoto do livro não tinha a menor noção do que acontecia a sua volta, quando estava cercado de soldados alemães orgulhosos, me parece tão difícil de engolir quanto a tal dentadura criar vida e iniciar uma carreira de crimes. Por outro lado, se o autor queria escrever um conto sobre inocência em meio ao caos, achei que o resultado foi bastante satisfatório. A leitura flui bem e me fez me importar com os personagens. O que mais poderia querer?






 Título original: Sure Signs of Crazy
Autor: Karen Harrington
Editora: Intrínseca

Sobre o que é: Uma garota entrando na adolescência descobre a si mesma durante um verão enquanto lida com o pai bêbado e o fato da mãe estar em um hospital psiquiátrico após afogar os filhos em um surto psicótico.

Avaliação:


Um bom livro, embora o resumo soe mais dramático do que realmente é. A parte sobre a mãe com problemas mentais me deixou com expectativas que não foram cumpridas, mas no geral não chegou a ser decepcionante. Vale um 3.5. Na dúvida, arredondo para mais.







Título original: Playlist for the Dead
Autor: Michelle Falkoff
Editora: Editora Novo Conceito

Sobre o que é: O melhor amigo do personagem principal se suicida e deixa uma playlist e um bilhete, dizendo que ele entenderá sua decisão se a ouvir. O garoto então começa a tentar descobrir o que realmente aconteceu ao mesmo tempo em que lida com a perda.

Avaliação:


Eu sou uma dessas pessoas chatas e pouco imaginativas que gostam de implicar com finais abertos, por isso eu gostei desse livro mais do que esperava a princípio. Há um mistério a ser descoberto e uma razão concreta e aceitável que levou Hayden a cometer suicídio e isso me manteve com o livro aberto até o final. Por outro lado, não gostei das partes envolvendo romance. Elas me deixavam tentada a pular páginas para chegar logo no que realmente interessava. Além disso, para que tanta ênfase na playlist se ela não ajudou em absolutamente nada? Indicar algumas músicas legais aos leitores? Ok, eu curti, então vou aceitar essa explicação.






Título original: Yaqui Delgado Wants to Kick Your Ass 
Autor: Meg Medina
Editora: Intrínseca

Sobre o que é: Garota latina que não parece realmente latina vira alvo de bullying na escola. 

Avaliação: 


Esse livro é... Ok. A mensagem sobre bullying ser ruim e ter confiança em si mesmo ficou explícita, mas eu não senti nada demais lendo esse livro. Faltou uma conexão com os personagens que fiquei esperando durante toda a leitura e nunca veio. Agradável, levanta questões relevantes, mas esquecível.






Título original: Sorta Like a Rock Star 
Autor: Matthew Quick 
Editora: Intrínseca

Sobre o que é: Uma garota que vive em situação difícil, mas dedica maior parte do seu tempo a ajudar os outros. Ela sempre vê as coisas pelo lado bom até que uma tragédia acontece e abala suas convicções. 

Avaliação:


A Felicidade Não se Compra para jovens adultos! Foi isso que pensei quando terminei a leitura. Eu não sei se dá para chamar esse livro de realista. Tudo soa muito exagerado, embora nesse caso não seja uma crítica. Eu achei divertido e cativante, embora algumas cenas tenham sido tão obviamente escritas com uma futura versão cinematográfica em mente que me fizeram revirar os olhos por um momento. Ponto extra pelo modo como lidou com as discussões envolvendo religião. Isso costuma me deixar incomodada por razões pessoais, mas não no caso desse livro. Recomendadíssimo.






Título original: Being Nikki (Airhead 2)
Autor: Meg Cabot 
Editora: Galera Record

Sobre o que é: Uma garota morre e tem o cérebro transplantado para o corpo de uma supermodelo. Agora ela tem que viver como a tal supermodelo para manter a família e amigos e segurança enquanto é chantageada por uma empresa de tecnologia chamada Stark. 

Avaliação:


Deus, o que a Meg Cabot estava pensando? Tudo bem, não é o pior trabalho dela, mas tampouco fica entre os melhores. As partes sobre a garota não conseguir se controlar perto de homens bonitos porque o corpo se joga neles sem a permissão de seu cérebro é a coisa mais WTF... Ok, eu perdoaria qualquer efeito colateral surreal do tal transplante de cérebro se conseguisse gostar do casal principal, mas nessa série simplesmente não rolou. Quanto a personagem principal... O que aconteceu com a garota inteligente e independente que ela era antes? Isso também foi por causa do corpo...? 

Vou ler a terceira parte sim. Podem me julgar por isso, eu mereço.






Título original: The Jewel (The Lone City 1) 
Autor: Amy Ewing 
Editora: LeYa

Sobre o que é: Em um mundo distópico, a realeza é incapaz de ter filhos saudáveis, então eles reúnem garotas com habilidades especiais para terem os filhos por eles. Elas são educadas em colégios internos e leiloadas quando chegam a certa idade, passando a viver na Joia, área ocupada pela nobreza. A protagonista dessa série é comprada pela Duquesa do Lago e se vê rodeada por um mundo de luxo e intrigas políticas. 

Avaliação: 


O que dizer desse livro...? Ouvi dizer que é um daqueles que as pessoas amam ou odeiam, então definitivamente fico no segundo grupo. 

Um ponto a menos por cometer o mesmo pecado de 9 em cada 10 YAs e não conseguir bolar uma sociedade que faça algum sentido. 

Um ponto a menos por todas as vezes que tive que ler uma descrição detalhada do que alguém – geralmente uma das garotas que são escravas criadas com o único objetivo de procriar, mas precisam estar sempre maravilhosas – estava vestindo, com direito a descrição de acessórios e como isso ou aquilo combinava com seus olhos. 

Um ponto a menos pela personagem principal, Violet Lasting (sério, tem algum aplicativo para escolher esses nomes?), que é linda e poderosa, mas está mais preocupada em perseguir seu amor proibido, o cara que ela viu duas vezes, mas não pode viver sem, que em... sei lá... salvar a própria vida. 

Um ponto a menos pelas páginas e páginas preenchidas com Violet tocando violoncelo, explorando o palácio ou andando pelo jardim. 

Um ponto a menos porque quando finalmente acontece alguma coisa, o livro acaba e você tem que desperdiçar mais horas da sua vida se quiser saber o que acontece. 

Decidi que termina com uma invasão alienígena e todo mundo morre, exceto o filho bonitão da vilã, a Duquesa, que eu gostei pela personalidade cretina. FIM.






Título original: Every Day 
Autor: David Levithan 
Editora: Galera Record

Sobre o que é: Um cara – melhor dizendo, uma pessoa sem sexo definido – chamado A, vive sem um corpo fixo. Ele acorda todos os dias no corpo de uma pessoa diferente com cuja vida precisa lidar por um dia. Por viver assim desde que se lembra, ele está conformado até o dia em que acorda no corpo do namorado de uma garota chamada Rhiannon, por quem se apaixona. 

Avaliação:


Se você leu “sem corpo fixo, que acorda cada dia no corpo de uma pessoa diferente” e pensou “que ideia fantástica, preciso ler isso”, fuja. FUJA! Preciso falar mais alto? 

Entendo que David Levithan é um autor bastante popular e encontrei muito pouca gente que não achou esse livro fantástico, mas simplesmente não foi para mim. Não gostei do casal principal; achei as discussões sobre aceitação das diferenças didáticas e parciais – nem todas as diferenças merecem o mesmo respeito? Além disso, entendo que o autor tenha escolhido esse background sobrenatural para algum tipo de mensagem sobre a importância de cada dia e respeito às diferenças, mostrando a vida de pessoas diferentes, mas havia outras maneiras de fazer isso se ele teria que se contradizer tanto nas regras regendo a existência do protagonista. 

Enfim, para mim não deu. Melhor assistir Glee.



Ok, fim de resmungos de junho. Agora é começar a maratona literária. Assim que eu terminar esse episódio de drama... <.< >.>

5 comentários :

  1. Sabe, eu adorei essas avaliações rápidas! Eu sou do tipo que tem preguiça de ler review por completo antes de ler o livro. Só leio os textos mais longos depois, para entender por outro ponto de vista ou até para saber que outras pessoas pensaram o mesmo. Essas reviews bem curtinhas foram ótimas pra mim nesse sentido! Mas... não fiquei com vontade de ler nenhum que eu já não fosse ler ou tenha lido xD

    Sobre o Menino do Pijama Listrado, eu gostei MUITO do livro porque eu não esperava nadinha dele quando o peguei. Acho que hoje em dia minha expectativa seria tão alta que ele levaria 3 estrelas por mim. Mas mais que uma expectativa baixa, o que eu mais lembro é a voz do menino. Foi interessantíssimo como o autor conseguiu dar aquela voz, algumas coisas que ele falava eram realmente do jeito que eu costumava pensar naquela idade. E isso, claro, foi o mais importante para dar o efeito dramático do final, acho. Como você disse, a história nem era tão crível assim, mas aquela voz te faz uma ligação tão forte... até hoje essa sensação está bem viva aqui comigo e faz já tantos anos que normalmente eu nem teria certeza se li o livro, rs.

    Aguardando as resenhas da maratona e mais corujinhas! Algum plano de fazer meia coruja? ♥

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    Respostas
    1. Eu TENHO que fazer meia coruja! Porque fico arredondando para mais 90% das vezes. XD Pode interpretar a maioria dos meus 4 como 3,5. Agora sobre a maratona... talvez saia algo amanhã. Preciso me obrigar a escrever sobre os livros enquanto as ideias estão frescas.

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    2. Ih só agora vi a resposta! E você não escreveu mais sobre livro algum. ESCREVA! E crie a meia coruja. Eu sei bem isso de 3,5. Tem tb o problema dos 2,5 que viram 3... esse me dói mais dar que que os 4 que eram 3,5. Porque 2,5 é um "tanto faz" e 3 é um gostei. 2 é um não gostei. É diferente demaaaais! E não é justo chamar de 2, porque aí fica parecendo que os outros 2 são melhores do que realmente foram e né, não existe 0... (divagando sobre o Goodreads).

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    3. O Goodreads precisa implementar o 0! As vezes uma estrela parece pontuação demais...

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