23 julho 2015

{MLI2015} 2ª SEMANA

Balanço da segunda semana, com três dias de atraso, mas não queria deixar de postar nem que fosse para me dar uma forcinha com o que resta da minha lista da maratona. Estou começando a ter sérias dúvidas se vou conseguir mesmo ler dezesseis livros até o começo de agosto. Se essa segunda semana foi um pouquinho menos produtiva que a primeira, a terceira sim, não está rendendo muito.

Socorro?

Aqui vão alguns comentários breves dos livros da segunda semana:


A RAINHA VERMELHA

Título original: Red Queen
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2015
Páginas: 424

Sobre o que é: O mundo é habitado por duas raças: Prateados e Vermelhos; sendo a primeira uma elite opressora com poderes bem no estilo X-Men, e a segunda formada por seres humanos comuns, responsáveis por todo o trabalho pesado, inclusive fornecer soldados para a guerra. Um belo dia, a até então ordinária Vermelha Mare Barrow, acidentalmente descobre que é mutant... que tem uma habilidade especial. O incidente é testemunhado por toda a elite dos Prateados e isso obriga a realeza a fazer um controle de danos. Ninguém deve saber que um Vermelho pode ter poderes, então, ao invés de matarem a garota, eles a obrigam a fingir ser a filha de um nobre Prateado já falecido e viver no castelo como noiva do príncipe mais novo, Maven. A partir daí ela tem que seguir um cronograma de aulas e treinos, além de conviver com o odiado rei; a rainha maquiavélica e sádica; Cal, o príncipe herdeiro de costas largas e olhar profundo; Maven, seu noivo por livre e espontânea pressão; e Evangeline, a noiva psicopata do príncipe Cal.

Avaliação:


Temos uma garota adolescente, vivendo em um universo distópico, que se envolve em uma situação de risco para proteger sua família. Enquanto isso ela tem que usar vestidos luxuosos, participar de refeições suntuosas e se apaixona por um homem proibido. Tal relacionamento desperta a fúria de uma garota louca que resolve persegui-la, mas a heroína está ocupada demais se envolvendo com um grupo rebelde para se preocupar muito com isso...

Posso pensar em vários livros que se encaixam nessa descrição, o que significa que ainda não foi dessa vez que um livro juvenil realmente conseguiu ser original. Por outro lado, A Rainha Vermelha é mais divertido que a média. Seus pontos fortes estão no bom ritmo e cenas de ação que a autora realmente se dispõe a descrever. A maioria dos personagens é carismática, se pouco explorada. Isso não inclui a protagonista, que passa boa parte do tempo sendo imatura e agindo como se estivesse em um colégio de ensino médio lidando com bullying ao invés de pessoas poderosas planejando mata-la. Há uma tentativa de inserir intriga política, mas acaba não funcionando bem por ser obvia demais e não causar surpresa alguma. Quanto aos rebeldes, esse é o aspecto que me causou mais confusão. Eles estariam agindo como amadores porque fazia tudo parte de um grande plano ou realmente tinham acordado um dia, decidido que não tinham nada melhor para fazer e saído para lutar pela liberdade? (...)

De qualquer maneira, repito que é um livro divertido e pretendo ler a continuação sim, na eterna esperança de me surpreender positivamente. E ler mais descrições das costas largas de Cal. O que? Eu reclamo, mas não sou de ferro.



EU ESTIVE AQUI

Título original: I Was Here
Autor: Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
Páginas: 240

Sobre o que é: Meg e Cody são melhores amigas desde sempre, mas se distanciam um pouco após a primeira se mudar para a faculdade. Quando Meg comete suicídio, Cody fica devastada e começa a procurar desesperadamente por respostas na tentativa de lidar com a culpa.

Avaliação:


Gayle Forman é uma escritora excelente. Ela consegue criar personagens que soam reais e tratar de temas delicados de maneira competente. Já tinha decidido que gostava da autora por causa da minha experiência com Se Eu Ficar, que não é nem de perto meu tipo favorito de leitura, mas que me agradou muito mesmo assim; depois desse livro com certeza arriscarei ler mais alguma coisa dela.

O enredo é todo centrado em Cody, que mergulha na investigação da morte de Meg como forma de lidar com a culpa de não ter percebido nada errado até ser tarde demais. Baseando-se em informações gravadas no computador da amiga, que implicam um fórum de apoio e incentivo ao suicídio, Cody começa a tentar atrair um usuário misterioso que considera diretamente responsável pela tragédia. Enquanto isso, vemos também como a garota cria conexões com pessoas que nunca pensou em conhecer, inclusive um rapaz com quem Meg estava envolvida e que compartilha de seus sentimentos de culpa. Tudo isso a ajuda a descobrir suas própria força e seguir em frente...

Minha única reclamação sobre esse livro é o romance... Não chegou a comprometer, mas achei que merecia menos destaque. E só eu acho estranho ficar com o ex da melhor amiga que cometeu suicídio? É, acho que sim...



UMA CURVA NO TEMPO 

Título original: Fractured 
Autor: Dani Atkins 
Editora: Arqueiro 
Ano: 2015 
Páginas: 240

Sobre o que é: Às vésperas de partir para a Universidade, uma garota chamada Rachel se envolve em um acidente que causa a morte de seu melhor amigo, Jimmy, e a deixa com uma enorme cicatriz no rosto. Isso interrompe todos os seus planos, fazendo com que ela caia em depressão e praticamente desista de ter uma vida. 

Cinco anos depois, Rachel volta a sua cidade natal para o casamento da melhor amiga. Ainda sofrendo de sequelas do acidente, ela tem um colapso e acorda no hospital, mas em uma realidade diferente. Nesse novo mundo ela nunca teve que lidar com as consequências do acidente: Jimmy ainda está vivo, ela tem um diploma e o emprego de seus sonhos, além de estar noiva de seu namorado de escola, Matt.

Avaliação:


Expectativa: A personagem tem a oportunidade de ver como seria sua vida em uma realidade alternativa. Aprende alguma coisa, nem que fosse a fazer croché... Volta para a própria realidade como uma pessoa melhor. Na verdade, ela não precisava voltar. Podia, sei lá, encontrar um daqueles guardiões do tempo do Stephen King ou descobrir que foi abduzida por alienígenas ou qualquer outra coisa mais original. 

Realidade: A personagem nega a realidade alternativa o livro inteiro e engata um romance com o melhor amigo que deveria estar morto. O romance gera um sentimento perturbador de se estar lendo um daqueles livros açucarados vendidos em bancas de revista... 

A nota não foi menor porque eu gostei do final (apesar dele ficar obvio na metade do livro).



A MENINA QUE NÃO SABIA LER 2

Título original: The Girl Who Couldn't Read 
Autor: John Harding 
Editora: LeYa 
Ano: 2014 
Páginas: 288

Sobre o que é: Um homem misterioso, se passando por médico, passa a trabalhar em uma clínica psiquiátrica para mulheres localizada em uma ilha relativamente afastada. Lá ele começa a testar um tratamento mais humano em uma das internas que aos poucos se mostra bem mais esperta do que deixa transparecer a princípio.

Avaliação:


Um bom livro, com uma boa atmosfera gótica e bons personagens. Não chega a ser imprevisível e, do mesmo jeito que o autor praticamente escreveu um fanfic de A Volta do Parafuso no primeiro livro, aqui ele se baseia em Jane Eyre para criar uma das tramas principais. De todas as formas, achei superior ao primeiro e seu único grande problema é que de jeito nenhum funciona como continuação. Florence, protagonista de A Menina Que Não Sabia Ler, está presente, mas sem nenhuma razão que eu pudesse detectar. Poderia ser qualquer outra garota e não faria a menor diferença. Personagens do livro anterior são mencionados, mas tampouco influem em nada na trama. 

E, sem querer ser implicante, mas sendo assim mesmo... Jane Pomba? Isso era mesmo necessário?





Próximo domingo (sendo otimista), os comentários serão sobre Neuromancer, Alma? e, esperançosamente, Encontro Com Rama. Queria terminar mais um, mas não parece provável. Vou ali no canto arrancar alguns cabelos...

3 comentários :

  1. Suas resenhas tão ótimas como sempre, mas aqui neste post a última linha de cada resenha tá mais imperdível ainda! xD As costas do Cal xDD Nem li o livro e já estou imaginando :x E sim, eu também acho meio bizarrinho ficar com o ex da menina morta.... :o Eu tava começando a achar que ia acontecer isso no Se eu Ficar, na verdade, e fiquei aliviada que ela mudou o rumo e foi pra longe disso. Mas pelo jeito ela economizou o enredo. xDD

    Aguardando ansiosa as próximas *__*

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    Respostas
    1. Né? Todo herói de YA que se prese tem costas largas e olhos profundos nos quais a mocinha pode se afogar se encarar por muito tempo (deve ser por isso que elas estão sempre esquecendo que correm risco de vida e não deviam perder tempo agarrando ninguém!)
      Quero sua resenha de Jurassic Park!

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    2. Não sou eu com o blog de resenhas! xD Mas adorei!!!!

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